Depois da Korea, voltei para o Japão e já em Tokyo, como você já sabe, dei continuidade aos meus estudos. Passado meio ano, 1989, muita coisa aconteceu. Eu estava começando, vagarosa e silenciosamente, a entender o Japão e os Japoneses. Minha rotina estava se tornando prazeirosa. No meu primeiro ano na Nittaidai (Nippon Taiiku Daigaku) eu fui designado para as mais diversas tarefas dentro do grupo de alunos do meu orientador. Obviamente, eu era o mais novo, consequentemente, o que fazia as tarefas que niguém mais queria fazer. Limpava gaiolas, limpava o chão do laboratório, ia na lanchonete buscar lanche para os colegas, fazia chá para eles a para o orientador, enfim, tudo o que deveria ser feito por um "rookie". Quando chegaram as férias de verão, eu estava tão cansado e estressado que precisa de algo diferente para fazer. Foi quando então Mauro concordou em ir comigo para uma viagem sem destino para o sudeste asiático. Começariamos nossa viagem por Hong Kong, mas não sabíamos até onde iriamos. Combinamos que prosseguiriamos na viagem enquanto tivessemos dinheiro e não tivessemos brigado muito um com o outro ainda, pois apesar de meu melhor amigo, viviamos nos estressando. Hahaha!
Compramos uma passagem ida e volta para Hong Kong e de lá seguiriamos caminho do jeito que fosse mais conveniente.
Ao chegarmos em Hong Kong, desde o começo, fiquei muito muito impressionado. Começando pelo aeroporto (já que agora é o assunto do momento) que é no meio da cidade e ao pousarmos, já a noite, viamos as pessoas sentadas dentro de seus apartamentos. Ao descermos do avião (Cathay Pacific Airlines), o calor era impressionante. deveria estar algo em torno de uns 40 graus de calor às 7:00 PM. A umidade quase me derrubou ao descer as escadas do avião (sim, escadas, não tinham aqueles confortáveis e climatizados braços de hoje em dia). Um horror. Fomos do aeroporto direto para o YMCA na Nathan Road, a rua mais famosa de Hong Kong. O hotel era ótimo. Foi só largar a mochila no hotel e fomos caminhar pela Nathan Road em busca de um local para comer. Eis que achamos um lugar muito típico e exclusivo para comermos: Mac Donald's.
Logo depois caminhamos mais um pouco pela área, para um reconhecimento e voltamos para o hotel. Combinamos que no dia seguinte procurariamos um outro hotel, mais barato.Na manhã seguinte, logo encontramos um albergue da juventude, onde nos hospedamos e saimos para passear. Hong Kong era então fascinante. Nos hospedamos em Kowloon e de lá pegamos o ferry e fomos para a ilha de Hong Kong. Lá subimos ao famoso Monte Victoria, de onde a vista é fenomenal. Muito legal. Passeamos com ônibus double decker pela cidade, impressionados com a beleza da arquitetura e a riqueza da cidade. As pessoas eram simpáticas apesar de sempre apressadas, mas já estavamos acostumados a isso, afinal, morávamos em Tokyo ( o Mauro em Kyoto, mas não perde para Tokyo em termos de pressa.)
Aproveitamos a oportunidade e fomos a Macau, ilha próxima, colônia Portuguesa na Ásia até então, assim com Hong Kong na época ainda era colônia Inglesa. Pouco interessante. Um cassino e casas estilo português. Parecia o bairro de Laranjeiras no Rio de Janeiro.
De Hong Kong, decidimos ir para a Tailândia. Pegamos um avião para Bangkoc (Thai Airlines). Queríamos ir de ônibus para Tailândia, para vermos a região, mas o Vietnam e o Laos ficam entre os dois países. Até hoje o Vietnam e o Laos não possuem relações diplomáticas entre si. Se fossemos a um deles não poderiamos ir ao outro, então decidimos deixar esses dois países para outra oportunidade e voamos por cima deles direto para Bangkoc. (OBS.: Esta foi a primeira de muitas outras visitas a Hong Kong e Bangkoc)
Ao chegarmos em Bangkoc fomos direto para o YMCA/YWCA local, que ficava convenientemente localizado próximo às principais atrações da cidade.
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