quinta-feira, abril 14, 2011

Não entendo...

Como é estranho não sentir a dor alheia. 
Como é difícil dar apoio sem conseguir entender a extensão do dano. 
Como é complicado não assumir responsabilidade estando-se dentro do turbilhão. 
A clareza da visão pode nos tornar áridos. A experiência nos torna indiferentes. A dor nos torna humanos.
A putréfica imagem da natureza residente dentro do ser humano é covarde. Causa dor a todos que não se conformam com o padrão. Traz pesar a alma, mas não assume sua culpa.
Culpa... palavra que me dá nojo. Náusea!
Culpa pela coisa inexistente, criada pela diretriz interna arcáica, errônea... adjetivos são julgamentos.
Como amar sem julgar. Como viver e ser feliz no amor próprio, no amor puro, no amor pelo amor.
Amar a todas as coisas, sem julgar, sem temer.
A existência como ponto máximo da existência.
A comunhão do ser com o todo e ao mesmo tempo a independência do Ser. Somos únicos e completos.
Não temos que saber nada...já nascemos sendo, logo, já nascemos sabendo. 
O ser é um todo, o ser é uma parte.
O fim é o começo.
Fim!

Um comentário:

Anônimo disse...

Que texto lindo! Parabéns! Traduz muito bem a realidade atual e como lidam com sentimentos no hoje...