quinta-feira, outubro 30, 2014

Descobri o que me incomodou...

Há alguns dias atrás eu escrevi aqui sobre minha ida a Porto Alegre e meu desencontro com meus colegas de colégio. Uma grande amiga me chamou atenção para o fato de eu ter perdido uma oportunidade de rever pessoas que eu gosto e me são queridas. Fiquei pensando muito naquilo, e agora, semanas depois me deu um clique:

Me senti bullied como se estivesse no colégio, no último encontro que eu estive presente. Lá estavam aqueles senhores, teoricamente adultos, na minha frente, fazendo piadas absolutamente sem graça e de muito mau gosto sobre gays. Chamando uns aos outros de diversos adjetivos com significado de homossexual na intuito de na brincadeira diminuir o colega e todos rirem muito.

Isso me incomodou muito. Me remeteu ao meu tempo de colégio onde isso era uma prática diária, constante, que me desgastou por anos a fio. Não preciso mais disso e como não vou mudar o comportamento dessas pessoas o melhor é que eu, mais uma vez, me retire. Fiz isso uma vez, posso fazer outra. Os meus amigos sinceros e próximos não se importarão.

O que me deu o estalo? Isso aqui...assista:



http://www.upworthy.com/a-priest-starts-his-sermon-with-a-lie-about-gay-people-so-this-awesome-lady-interrupts-him?c=ufb1

Fiquei triste e irritado comigo mesmo por ter confiado nessas pessoas, por ter pensado que haviam mudado. Alguns até diziam "Eu até tenho um amigo gay!", o que é uma das coisas mais nojentas de se ouvir de uma pessoa, como se fizesse um favor por ter um amigo desse "tipo". Enfim, são pessoas ótimas, muito queridas, que não servem para convívio.

Ouço isso de alguns outros amigos, com os quais tenho liberdade de chamar a atenção e que estão aprendendo, aos poucos, que brincar entre eles mesmos com isso também é preconceito e também machuca.

É isso aí.

Beijos

domingo, outubro 12, 2014

Desencontro Anchietanos 79

Nos últimos anos tive o prazer de participar de alguns encontros da turma de formandos de 1979 do Colégio Anchieta. Estudei no Anchieta de 1967 a 1979, quando a maioria de nós partiu para uma nova etapa em nossa vida social e acadêmica.
Os encontros foram todos interessantes, rever colegas e perceber o quanto eu mudei ao vê-los foi algo engrandecedor. Pude perceber que muitos mudaram também. Parecem pessoas interessantes, com histórias de vida que nos faz prestar atenção e agradecer por conhecer tal pessoa.
Infelizmente, com o aumento de contato entre as partes, também pude perceber que muitos continuam adolescentes, trancados em um mundo que lhe foi agraciado pela família ou pelo seu estilo de vida.
No último encontro, todos pareciam extasiados por terem participado de uma festa na qual se comemoraram os 35 anos de formados. Uma festa que me pareceu triste, com todos emocionados por estarem se encontrando e abraçando uma amizade dita sincera e duradoura, mesmo sem que tenhamos nos falado por trinta anos. Percebi que isso não faz parte de mim.
Tenho excelentes amigos que fiz no colégio, pessoas as quais tenho tanto carinho e amizade que poderia conviver diariamente com eles. A questão é que o restante 95% das pessoas, absolutamente não fizeram parte da minha vida e não me fazem falta nenhuma. Pessoas ainda que gostam de arrotar detalhes de suas vidas que mostram suas vantagens e o quão "legais" elas são. O quão amigas elas são entre si. Triste ouvir isso, pois não acredito nisso como uma verdade. Não acho que algum daqueles colegas daria a mínima se eu estivesse passando necessidade ou precisando de ajuda. Sumiriam!
Ontem, sábado 11 de Outubro, teve um churrasco da turma na casa da Letícia. Estava a fim de ir para vê-la, bem como a Bel e a Baice, mas os outros...não estava nem um pouco interessado em vê-los. Não fui! Tenho mais o que fazer do que gastar tempo com quem não me interessa.
Os colegas ficam se abraçando, relembrando histórias de 35, 40 e até 45 anos atrás como algo que gera uma conexão entre eles que é de suma importância. Não para mim.
Enfim, isso parece ser o fim dos meus passeios pelos pagos Anchietanos.
Valeu Colégio Anchieta, pelos ensinamentos. Não sinto falta de todo o bullying e prepotência da elite anchietana. Cheers!

domingo, outubro 05, 2014

Já que estou em Porto Alegre, Brasil, decidi postar esse vídeo, que foi gravado no Aeroporto Internacional de Guarulhos para um programa de TV chamado "Partidas e Chegadas" e apresentado por Astrid Fontanelle. Traz um pouco de romantismo e esperança num lugar onde só vejo coisas como falta de respeito, falta de honestidade, falta de auto-conhecimento, falta de humanidade. As pessoas que vejo estão cegas e anestesiadas.
Vejam isso...