sexta-feira, maio 31, 2013

Chega de ser politicamente correto!

Cansei!

Muito ouvi dizerem que eu sempre fiz e disse o que queria na vida.
Não é verdade!
Sempre me acharam politicamente incorreto.
Não é verdade!
Muito ouvi dizer que eu falava sem pensar.
Não é verdade!

Se eu falasse sem pensar, se eu fosse mesmo politicamente incorreto como eu acho que eu deveria ser, com certeza muita gente se escandalizaria, muita gente ficaria furiosa comigo, muita gente nunca mais iria falar comigo.

Isso me veio agora por causa de um post estúpido no facebook sobre como entender as mulheres e os cuidados que os homens devem ter quando uma mulher começa a dar respostas monossilábicas. Que estupidez. Os gêneros são distintos e nunca vão se entender. Se as pessoas pensassem como seres humanos nos entenderíamos de verdade e não haveria essa ignorância assumida por todos de que o homem e a mulher são diferentes. Há algo chamado natureza humana, que ainda é incompreendida pelo Homem, mas que é comum a todos. Chega de ignorância.

Hoje meu primo postou algo no seu perfil que dizia "Gerar um filho não faz de ninguém pai ou mãe, da mesma forma que ter um piano em casa não faz de ninguém um pianista" (autor desconhecido). Isso é muito verdadeiro e vejo um bando de imbecis colocando cada vez mais crianças no mundo que já mal suporta o que já tem de humanos sobre ele e achando que isso vai melhorar o planeta! Como? Me explica como multiplicar humanos pode melhorar a situação precária e desesperadora em que se encontra o planeta Terra. Deixa de ser egoísta e adota. Milhões de pessoas (sim, crianças são pessoas) precisando de amor e um lar. Quanta guerra e atrocidades refletem nessas pessoas. Eu sou individualista demais e ignorante demais para ter um filho, adotado ou não, por isso nunca tive isso como plano na minha vida, mas se um dia aparecesse a  oportunidade de fazer algo por alguém que assim o quisesse, acho que faria de boa vontade. Tive pais maravilhosos e amorosos, que me deram uma educação excelente e sou profundamente agradecido por isso, e penso o quanto deve ter sido difícil assumir essa responsabilidade.

Mulheres...não sei como são, não as conheço! Mas me assusta esse tratamento que dispensam ás mulheres como seres delicados e insanos, pois pelo que vejo as mulheres são loucas e burras, pela forma como descrevem o cuidado que os homens devem ter ao tratar com elas. Cuidado com o que dizem, com o que fazem, com o que pensam, Uma mulher pode ter uma crise histérica e isso seria o fim do mundo! Sério? O cavalheirismo do século 19 deveria ter sido substituído pelo respeito no século 21 e não por uma postura paternalista que coloca a mulher como incapaz de ser individual e auto-suficiente. Delicada! Mesmo? Ou seria tudo isso uma propaganda que as próprias mulheres assumiram e os homens avalizaram. Tudo me parece desconfortável, ignorante, burro. Querem inclusão e se excluem.

Acho que consegui expressar minha rápida opinião sobre esse assunto praticamente inesgotável.

E agora?

quarta-feira, maio 22, 2013

Pierre Cardin Coleção Outono/Inverno 2013

Não sou muito disso, mas dessa vez fiquei encantado com a coleção outono/inverno 2013 de Pierre Cardin. Em geral não aprecio muito as peças dele, mas dessa vez o Fênix ressurgiu das cinzas e se superou. Adorei! Além disso, estou cansado de colocar minhas questões existenciais aqui. Um pouco de superficialidade e beleza, que aliás, também é cultura e muito importante.

quinta-feira, maio 02, 2013

O Sentido da Vida (não o do Monty Python)

A vida não tem sentido!
Viver não tem significado!

Pensando sobre isso nos últimos dias, sempre tive a certeza de que nós, humanos, é que precisamos dar um significado e validar a vida que vivemos. Viver não é nada mais do que nascer, viver e morrer. Isso sempre foi assim.

O que me parece é que na vã mediocridade da natureza humana, foi necessária a criação de um significado para a vida humana. Não somos diferentes de nenhum outro animal ou ser vivo no planeta. Pensarmos em "vida após a morte" e outras coisas só alimenta uma fantasia em torno do que é nosso período de vida aqui nesse planeta.

Acho que a resposta para isso é o Poder.

O homem percebeu que criando a sociedade, poderia conseguir mais coisas para si, e com isso começou a "congregar" pessoas com a proposta de algo em retorno. Quando o retorno se tornou indisponível, foi fácil: uma divindade, o inalcançável, o inatingível,. o que exige credulidade sem retorno absolutamente nenhum! Deu certo!

Assim vivemos até hoje.

Pense comigo. Você acha que homens das cavernas estavam preocupados com o significado de suas vidas? Não! Eram eles menos do que nós? Menos humanos? Nâo! O que mudou? O que fez com que nós precisássemos de toda essa parafernália de validações e significâncias para que nossa vida faça sentido? Sociedade, família e religião são tomados como alicerces sociais! Sério? Somos seres únicos e insípidos, tomados de uma pobreza desesperadora que faz com que quanto mais "evoluídos" nos tornemos, mais nos afastemos de nossa essência existencial.

Muito infeliz o texto dessa Cynara Menezes, que ao que parece sofre que uma dor de cotovelo gigantesca por não ter sido "princezinha". Não é ser reacionário, enxergar a realidade podre que vive o Brasil de hoje. Maracutaia sobre maracutaia sem o menor vislumbre de solução para algo que fede há anos. Estou de pleno acordo com ambos os roqueiros que parecem ter sim, "visão além do alcance" de pessoas como essa que fez o texto. Sinto muito que a Cynara ainda ache que berço e educação sejam coisas a serem denegridas ou simplesmente criticas num país mal educado, mal administrado, mal vivido como o que ela vive!


Por que Lobão e Roger se transformaram em dois derrotistas explícitos
Muita gente se pergunta como é que isso aconteceu. O que faz um roqueiro virar conservador? No caso de ambos, a resposta é simples. Tanto Roger quanto Lobão são parte de um fenômeno muito comum: o sujeito burguês que, na juventude, se transforma em rebelde para contrariar a família

Cynara Menezes, em seu blog
Nem todo direitista é derrotista, mas todo derrotista é direitista. Reparem no capricho do léxico: as duas palavras são quase idênticas. Ambas têm dez letras, soam similares e até rimam. Se você tem dúvida se alguém é de direita observe essas características. Começou a falar mal do Brasil e dos brasileiros, a demonstrar desprezo por tudo daqui, a comparar de forma depreciativa com outros países, é batata. Derrotista/direitista detectado.
Temos hoje no Brasil duas personalidades célebres pelo derrotismo explícito e pelo direitismo não assumido: os roqueiros Lobão e Roger Moreira, do Ultraje a Rigor. Eu ia citar também Leo Jaime, outro direitoso do rock nacional, mas não posso classificá-lo como um derrotista típico –fora isso, no entanto, cabe perfeitamente no figurino que descreverei aqui. Os três são cinquentões: Lobão tem 55, Roger, 56 e Leo, 52.
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Lobão e Roger. A volta do filho (de papai) pródigo ou a revolta do roqueiro burguês? (Foto: Edição – Pragmatismo Politico)
Da geração dos 80, Lobão sempre foi meu favorito. Eu simplesmente amo suas canções. Para mim, Rádio Blá, Vida Bandida, Vida Louca Vida e Decadence Avec Elegance são clássicos. Além de Corações Psicodélicos, em parceria com Bernardo Vilhena e Julio Barroso, ai, ai… Adoro. E não é porque Lobão se transformou em um reacionário que vou deixar de gostar. Sim, Lobão virou um reaçano último. Alguém que voltasse agora de uma viagem longa ao exterior ia ficar de queixo caído: aquele personagem alucinado, torto, jeitão de poeta romântico, que ficou preso um ano por porte de drogas, se identifica hoje com a direita brasileira mais podre.
Não me importa que Lobão critique o PT ou qualquer outro partido. O que me entristece é ele ter se unido ao conservadorismo hidrófobo para perpetrar barbaridades como a frase, dita ano passado, em tom de pilhéria: “Há um excesso de vitimização na cultura brasileira. Essa tendência esquerdista vem da época da ditadura. Hoje, dão indenização a quem seqüestrou embaixadores e crucificam os torturadores, que arrancaram umas unhazinhas”. No twitter (@lobaoeletrico), se diverte esculhambando o país e os brasileiros, sempre nos colocando para baixo. “Antigamente éramos um país pobre e medíocre… terrível. Hoje em dia somos um país rico e medíocre… pior ainda”, escreveu dia desses.
Os anos não foram mais generosos com Roger Moreira, do Ultraje. O cara que cantava músicas divertidíssimas como Nós Vamos Invadir Sua Praia, Marylou ou Inútil virou um coroa amargo que deplora o Brasil e vive reclamando de absolutamente tudo com a desculpa de ser “contra os corruptos”. É um daqueles manés que vivem com a frase “imagine na Copa” na ponta da língua para criticar o transporte público, por exemplo, sem nem saber o que é pegar um ônibus. Os brasileiros, segundo Roger, são um “povo cego, ignorante, impotente e bunda-mole”. Sofre de um complexo de vira-lata que beira o patológico. Ao ver a apresentação bacana dirigida por Daniela Thomas ao final das Olimpíadas de Londres, tuitou, vaticinando o desastre no Rio em 2014: “Começou o vexame”. Não à toa, sua biografia na rede social (@roxmo) é em inglês.
Muita gente se pergunta como é que isso aconteceu. O que faz um roqueiro virar reaça? No caso de ambos, a resposta é simples. Tanto Roger quanto Lobão são parte de um fenômeno muito comum: o sujeito burguês que, na juventude, se transforma em rebelde para contrariar a família. Mais tarde, com os primeiros cabelos brancos, começa a brotar também a vontade irresistível, inconsciente ou não, de voltar às origens. Aos poucos, o ex-revoltadex vai se metamorfoseando naqueles que criticava quando jovem artista. “Você culpa seus pais por tudo, isso é um absurdo. São crianças como você, é o que você vai ser quando você crescer” –Renato Russo, outro roqueiro dos 80′s, já sabia.
O carioca Lobão, nascido João Luiz Woerdenbag Filho, descendente de holandeses e filhinho mimado da mamãe, estudou a vida toda em colégio de playboy, ele mesmo conta em sua biografia. O paulistano Roger estudou no Liceu Pasteur, na Universidade Mackenzie e nos EUA. Nada mais natural que, à medida que a ira juvenil foi arrefecendo –infelizmente junto com o vigor criativo– o lado burguês, muito mais genuíno, fosse se impondo. Até mesmo por uma estratégia de sobrevivência: se não estivessem causando polêmica com seu direitismo, será que ainda falaríamos de Roger e Lobão? Eu nunca mais ouvi nem sequer uma música nova vinda deles. O Ultraje, inclusive, se rendeu aos imbecis politicamente incorretos e virou a “banda do Jô” do programa de Danilo Gentili.
Enfim, incrível seria se Mano Brown ou Emicida, nascidos na periferia de São Paulo, se tornassem, aos 50, uns reaças de marca maior. Pago para ver. Mas Lobão e Roger? Normal. O bom filho de papai à casa torna. A família deles, agora, deve estar orgulhosíssima.

Para que serve uma relação?


"Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil".
Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido. 

Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a si mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça. Todos fadados à frustração.Uma armadilha.

Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.

Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.

Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.

Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.

Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.

Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois.

Dr. Drauzio Varela




Muito lindo o texto...na teoria. Relações não são assim, pois para que possa ter toda essa harmonia, os dois têm que, antes de saber viver a dois, saber viver sozinho, para entender que ninguém completa ninguém, que somos seres íntegros por natureza. Toda a carga psico-social está sobre uma relação e têm-se que entender isso. Confiança e respeito são os alicerces de uma relação de qualquer tipo. Um falha, acaba a fundação. Inicia-se o desgaste. E não adianta negar, esconder, "tapear". Só vai retardar o processo e torná-lo mais dolorido...o processo do encerramento. O difícil estado do retorno ao seu eu unitário, ao EU original, sem aquele indivíduo que um dia te fez querer ser melhor. Agora é ser melhor por si mesmo e aprender que sempre que  depositamos expectativas nos outros, a decepção é infalível!

Arthur Sacramento