domingo, junho 29, 2008

VANCOUVER 1990/91

Totens no Stanley Park

Burrard Bridge vista do prédio vizinho do meu prédio. Esta rua é a Burrard Street.

Ao fundo vemos o Canada Place e o centro da cidade. A vista é a partir do Stanley Park.

Yaletown e o Science World

Eu morava nesse local aí, bem atrás do edifício mais alto à esquerda da foto. A rua que aparece na extrema esquerda é a minha, Hornby Street. Lindo não é?

Enquanto ainda morava no Japão, fazendo meu mestrado, tive a oportunidade de ir a Vancouver, Canadá, em virtude de umas pesquisas que eu utilizaria na metodologia do mestrado e cujo professor/pesquisador, concordou a me receber em Vancouver para que pudessemos discutir tais métodos. É claro que isso foi uma excelente desculpa para eu passar o Natal e Ano Novo fora do Japão, pois já seria o terceiro ano sem Natal (Não esqueça, que lá eles nao são cristãos!). Pois bem, conversei com meu orientador em Tokyo e ele me autorizou a ir a Vancouver durante o recesso de inverno.

Fui para Vancouver dia 22 de Dezembro de 1990. Cheguei lá dia 23 à tarde. Me instalei no YMCA da Burrard St. e fui circular pela cidade. FOI AMOR À PRIMEIRA VISTA!!! No dia seguinte, dia 24 de Dezembro, véspera de Natal, incrivelmente eu já estava dando informações a alguns estrangeiros perdidos no West End. Não me perguntem como, nem porque, mas só posso dizer que ao chegar em Vancouver naquele dia, parecia que eu tinha morado lá minha vida inteira. Foi muito estranho e maravilhoso. Circulei por tudo que podia, fui ao cinema, curti simplesmente caminhar pela rua, ir ao supermercado, enfim, fazer o que qualquer outro "Vancouverite" fazia. Foi demais. Passei os dias explorando a cidade e adjacências, fui esquiar na Grouse Mountain (um vexame!), patinei nas pistas de gelo no centro (eu levei meu patins que eu tinha comprado em Tokyo), comi comida japonesa tão boa quanto a que eu comia em Tokyo. Foram dias intensos e maravilhosos. O Dr. Angelo Belcastro, pesquisador e diretor do programa de pós graduação da University of British Columbia, só chegaria em Vancouver dia 7 de Janeiro, pois tinha ido passar as festas com sua família em Ontário, seu local de origem. Fui diversas vezes até a Universidade antes de encontrá-lo, para conhecer o local. A UBC (University of British Columbia) é fantástica. Uma das mais respeitadas do mundo e tem dentro dela um mundo acadêmico com o qual eu nunca tinha tido contato. Muito grande, muito intenso! Conheci o Museu de Antropologia, o mais conceituado da América do Norte. Lindo demais!

Conheci cada canto da cidade ao longo dos 19 dias que lá estive. Fui a museus, andei pela praia, fui passear no Stanley Park, dia 1 de janeiro de 1991, depois de uma noite com -10ºC e muita neve. Aliás, Vancouver teve a maior nevasca dos últimos anos na minha passagem por lá. Eca! Não curto neve! No inverno naquela cidade, quando não está nublado está chovendo e quando não está chovendo está nevando. Precisa gostar mesmo. É maravilhoso!

Passei o Ano Novo na praça em frente à galeria de arte, na Robson St. centrão de Vancouver. Tava cheio de gente na rua. Foi lindo! Naquela noite conheci umas pessoas que me convidaram para um almoço no dia seguinte. E eu fui! Tava muito dez. Não conhecia ninguém, ninguém sabia quem eu era e me senti muito em casa apesar disso. Eles sabem como ser bons anfitriões. A tarde fui passear no parque, como já contei anteriormente.

Passei mais alguns dias passeando pela cidade. Era muito, muito, muito bom caminhar pela rua sem destino, sem saber o que fazer ou onde ir. Qualquer lugar que eu fosse era legal. Ah! Dia 24 de Dezembro fui cortar o cabelo e a senhora que cortou meu cabelo decidiu que eu deveria furar minha orelha. Quando eu comecei a pensar se furava ou não... PUM! Já estava furada! Adorei. Foi o primeiro de muitos e muitos outros piercings! Hehehe!

Dia 7 de Janeiro chegou e fui encontrar com Dr. Angelo Belcastro na UBC. Ele estava me esperando em frente ao prédio do laboratório e antes de entrarmos ele me levou para um tour por dentro de toda a universidade, de carro é claro, pelo frio e pelo tamanho da área (Prá vocês terem uma ideía, leva-se mais ou menos uns 45 minutos de um ponto ao outro do campus).

Depois fomos para o laboratório para conversarmos. Ele pediu então para eu explicar meu projeto, expliquei tudo e ele gostou muito do que eu estava desenvolvendo. Me explicou o método utilizado por ele para detecção de proteínas em HPLC que eu queria conhecer e me levou para vê-lo em ação. Conheci tudo e todos, me apresentou aos seus alunos na época, aos técnicos do laboratório. Todos foram receptivos. Me convidou para voltar no dia seguinte para ver os procedimentos sendo feitos. Voltei no dia seguinte e ele me mostrou tudo funcionando. Conversamos longamente naquele dia. Almoçamos juntos e saí de lá só no meio da tarde. Foi DEZ! E o melhor ainda está por vir: Ao nos despedirmos ele agradeceu meu interesse no trabalho dele (educado e simples como só os Canadenses e Suecos sabem ser!) e... Me convidou para fazer o Doutorado com ele! UAU! Saí de lá em estado de graça! Não cabia dentro de mim. Me deu outro estímulo para voltar para Tokyo e meter minha cabeça mais fundo ainda nos meus estudos. Fiquei fascinado com a possibilidade de vir a morar naquela cidade que eu tinha tanto me identificado e já amava com tão pouco tempo de contato. Fiquei suuuuuuuuuuuper feliz! Passei mais 24 horas na cidade e voltei para Tokyo com minhas energias renovadas! Lá em cima tem algumas fotos da "minha" cidade!

sexta-feira, junho 27, 2008

Orkut

Olá amigos! Depois de anos fora do tal Orkut, estou de volta ao site de realcionamentos mais acessado no mundo. Espero que não seja a chatice que era no outro perfil, onde os "alunos" me encheram o saco com recadinhos cretinos de pedidos de nota e coisas afins. Um desses e eu caio fora de novo. Talvez vocês concordem comigo, mas sempre achei que o Orkut era lugar para diversão. Pelo menos tenho me divertido com o retorno e devo parte disso aos meus excelentes alunos da São Judas Tadeu. Valeu gente!

domingo, junho 22, 2008

Abre parênteses: Uma pausa nas viagens. Fecha parênteses






Não posso deixar de postar essas fotos minhas com minha melhor amiga, a Fabi. Ela está longe, mas dentro de mim. Acho que ficamos ótimos (como sempre) nessas fotos e assim posso dizer mais uma vez que te amo muito amiga! Beijos no coração (e mais...)!

terça-feira, junho 03, 2008

segunda-feira, junho 02, 2008

New York City, USA, 1992-1993



Decidi passar o Natal e Ano Novo de 1992 para 1993 em New York. Fui ára lá no meio de dezembro e voltei no início de janeiro. Foi uma das minha melhores viagens. Encontrei lá com a Gabriela, uma amiga, e nos divertimos muito. Passeamos muito, patinamos no Central Park, tomamos chá no Plaza Hotel, andamos naquelas odiosas e breguíssimas carruagens no Central Park, fomos ver as luzes de natal no Rockfeller Center na noite do dia 24 (30 Rock). Dia 25 fomos ao cinema. A Gabi estava visitando a Carla, sua irmã, em Toronto e desceu para passarmos um tempo juntos. Foi DEZ! Aqui tem duas fotos dessa viagens. Prá mim, foi a primeira do que, até hoje, já foram muitas idas a NYC! Totally cool.

domingo, junho 01, 2008

Mais fotos de aeróbica





Olha que demais essas fotos. Isso é que eu chamo de atleta!

Aeróbica

Eu e Nomura na final do campeonato japonês. Aí ele já era o campeão.

Pose de campeão!

O público!

Os finalistas

Foi no Japão que descobri minha paixão pela aeróbica. Foi totalmente por acaso que eu comecei a frequentar a Tipness Fitness Club e a fazer duas ou três aulas de aeróbica por dia, até que fui convidado a participar da equipe da academia e acabei participando do campeonato nacional e depois do mundial. Foi muito legal. Aqui tem uma foto minha com Nomura Kenichiro, muitas vezes campeão japonês e algumas vezes campeão mundial. O cara é dez. Os melhores do mundo são sem dúvida o Claudinho Franzem e o Nomura. Dois super atletas!

Flor de cerejeira (Sakura)



Uma das épocas mais bonitas no Japão é a época em que florescem as cerejeiras. A rua ao lado da universidade era inteira de cerejeiras. Fiacava lindo. Olha só...

Antes da Austrália, ainda em Narita Airport...





Para ir embora do Japão, tive que ir (pela enézima vez) a Narita Airport. Quem me levou foi a Sakamoto san, junto com o Klaus Fiereck e um amigo nosso que no momento não recordo o nome. Fomos cedo e deu tempo ainda de tomarmos umas cervejinhas...

Mais algumas fotos da Austrália




Austrália






Depois da apresentação do mestrado, fiquei alguns dias em Tokyo, pois tinha que fechar o apartamento do Toshi, mandar algumas coisas dele para a casa da mãe dele e fechar o meu apartamento no dormitório e enviar minhas coisas para o Brasil. Tinha tantas coisa que deu um container com 486 quilos. Claro que para enviar isso tive que solicitar liberação na alfândega em Tokyo e no consulado do Brasil em Tokyo, para não pagar taxas na chegada do material aqui. Depois disso tudo, fui para a Austrália. O Toshi estava me esperando em Brisbane, de onde fomos para a Gold Coast onde ele iria fixar residência. Fiquei um tempo com ele lá e depois saí para conhecer melhor o continente "down under". Muito legal! Tenho muita vontade de voltar lá. Passei também pela Nova Zelândia no caminho para o Brasil, mas não curti muito. Preferi a Austrália! De longe!!!

Despedida do Japão

Toda a turma do laboratório. Tá faltando só o Hirota Sensei


Eu, Sakamoto e o Kuroiwa. Imagina o estado das crianças. Nós três acabamos ficando inseparáveis. Ela foi, sem dúvida alguma, a pessoa que mais me ajudou no Japão.

Em Tokyo tinha uma churrascaria chamada "BACANA" (Ainda tem!), onde podíamos comer carne a um preço incrivelmente barato (para os padrões japoneses, é claro!). Lá fizemos minha despedida, pois de lá fui encontrar o Toshi na Austrália. As fotos da despedida... no Bacana!

Minha apresentação da dissertação de mestrado






Acho que poucas vezes eu fiquei tão nervoso. Lembro bem! Foram muitas noites sem dormir, lendo e relendo todo o trabalho. Meu orientador tinha mandado eu refazer quase o trabalho inteiro umas três vezes. Eu e o Kuroiwa ficamos muitos dias enfiados no laboratório de informática, cuidando disso. Ele então quase pirou. Nós dois não vimos a luz do dia por cinco dias eu e sete dias ele. Foi uma loucura. No dia que entregamos a cópia final do trabalho, fomos para o dormitório e... dormimos. Dormimos muito. Lembro que só acordamos na noite do dia seguinte. Foi quando assistimos o filme "Dance with wolves" e colocamos nossos nomes de Tatanka I e Tatanka II, que significa búfalo. O horror que passamos nos uniu. O Kuroiwa já era um dos meus melhores amigos e ficamos muito próximos depois desse estresse. Chegado o dia, eu, ele e a Shin (Korea) apresentavamos nossos trabalhos. Todos estavam curiosos com minha apresentação, pois foi em Japonês e tinha gente duvidando da minha habilidade com a língua, mas arrasei com tudo e com todos! Foi um show. Nota: A