sábado, novembro 03, 2012

De volta a Vancouver...

Depois de dois meses em Porto Alegre, curtindo família e amigos, estou de volta a minha casa. Foi uma maratona para chegar aqui, pois o Sandy me fez trocar de rota e cancelou meus vôos por duas vezes. Foram outras 32 horas entre sair de Porto Alegre e chegar em Vancouver.

Isso tudo valeu a pena, pois a riqueza dos momentos que passei em  companhia de amigos e minha irmã não têm preço. Participei dos ensaios da banda "The Book's", com minha amiga Simone, sai para passear pela cidade com o ônibus turismo com minha outra amiga Alice, tomei chimarrão diversas vezes na casa da minha irmã, saimos para passear, comer, beber, nos divertimos, nos estressamos, vivemos. Afinal, o motivo que me levou a POA dessa vez foi a morte do meu pai e tinhamos muitos assuntos a tratar relativo a isso. Conseguimos tratar de tudo e saimos quase intactos de tudo isso. Minha irmã é brilhante, uma pessoa muito especial prá mim. Ninguém é perfeito e sabendo disso, conseguimos conviver melhor com as pessoas, sem exigirmos delas uma perfeição que nunca conseguirão atingir. Isso serve também para os maravilhosos momentos que tive com o Claiton, meu melhor amigo e eterno parceiro de vida. Sempre aprendemos muito um com o outro. Isso ainda foi agraciado pela presença dos cachorros (Akira e Totó) e da gata (Gorda) em casa. Que maravilha! Um bicho faz muita diferença na vida, na percepção de carinho e amor. Uma bênção poder conviver com um bicho desses. Foi muuuuito bom.

Por vezes vi coisas que me fizeram pensar e quase falar, mas estou aprendendo a refletir e deixar que os acontecimentos e os pensamentos sigam seu curso natural e tento não mais interferir. É muita arrogância achar que posso fazer diferença no pensar e, pior ainda, na estupidez humana.

Fui presenteado com maravilhosos encontros, jantares inesquecíveis (obrigado Eleonora Rizzo), reencontros deliciosos com amigos de muito tempo, alguns tão antigos que nossa amizade data do tempo do colégio, outros, como o Marquinhos, não nos viamos a somente 10 anos. Que beleza!

Comi, comi, comi! Nossa, como comi! Foi muito bom também. Acabei colocando um bom peso extra no corpo, que agora tenho que dar um jeito de deixá-lo em outro lugar que não seja em mim mesmo.
Quiz ver muitas pessoas que, apesar do tempo que estive na cidade, não pude ver. A esses, minha esperança de que isso aconteça em um futuro próximo, outros simplesmente não estavam a fim de me ver. Perfeito. Amo gente sincera!
Pude reencontrar o Marcelo, que também fazia muito tempo que não conversávamos e cuja presença no meu aniver foi fantástica. Pena não termos tido mais tempo juntos, mas cada segundo foi precioso meu amigo.

As rodas de chimarrão no prédio Aconcágua foram (quase) sempre divertidas. Momentos de bons papos e planejamentos para melhorias no condomínio. Muito importante.

No lado pouco romântico, foram horas e horas de visitas a bancos, advogado, cartórios, reuniões...enfim, um cansaço. Mas tudo valeu a pena, foi um aprendizado. Me sinto mais preparado. Não sei exatamente para que, mas sei que estou mais preparado para novos momentos.

É sabido que precisamos deixar o passado para trás, aprendermos com ele e nos livrarmos dele para que tenhamos espaço para coisas novas em nossa vida, mas poucos conseguem de fato por em prática essa abertura. Pessoas ficam presas a pré-conceitos que as impedem de crescer. Vi muito isso também. Fiquei triste de ver pessoas com as quais me importo, travadas no tempo e no espaço. Mas isso é de cada um para si mesmo. É o tempo que vai colocar cada um de nós no nosso próprio ritmo e trajeto. Vivemos do nosso jeito e não do jeito que os outros acham de deveríamos viver. Quem vive assim não vive.

O país em si está um caos. Um desespero diário para sobreviver. Ninguém tem qualidade de vida e vivem numa luta diária para ter o pouco a que se apegam. É desesperador! Carros! Brasileiros adoram carros e os usam como simbolo de progresso econômico, embora não se dêem conta que pagam as maiores taxas do mundo para um governo corrupto e usurpador. Chega a dar nojo e vergonha ao mesmo tempo. É aquele lado brasileiro que te faz querer um país melhor para os que não quiseram ou não puderam sair desse caos.

Enfim, como disse no começo desse post, foi uma experiência maravilhosa, de amadurecimento, mas estou feliz por estar de volta ao meu lar, minha casa, minha vida.

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